terça-feira, 31 de maio de 2011

De volta ao meu altar de Adoração.



Holocausto: De volta ao meu altar de Adoração.
Lv. 6:8-13


“O Senhor disse a Moisés:
Dê este mandamento a Arão e a seus filhos: Esta é a regulamentação acerca do holocausto: ele terá que ficar queimando até de manhã sobre as brasas do altar, onde o fogo terá que ser mantido aceso.
O sacerdote vestirá suas roupas de linho e os calções de linho por baixo, retirará as cinzas do holocausto que o fogo consumiu no altar e as colocará ao lado do altar.
Depois trocará de roupa, e levará as cinzas para fora do acampamento, a um lugar cerimonialmente puro.
Mantenha-se aceso o fogo no altar; não deve ser apagado. Toda manhã o sacerdote acrescentará lenha, arrumará o holocausto sobre o fogo e queimará sobre ele a gordura das ofertas de comunhão.
Mantenha-se o fogo continuamente aceso no altar; não deve ser apagado.”

A palavra Holocausto tem origens remotas em sacrifícios e rituais religiosos da Antiguidade, em que plantas e animais eram oferecidos às divindades, sendo completamente queimados durante o ritual. O holocausto teve seu inicio em Adão, por instrução do próprio Deus após o pecado, para que por meio dele (o holocausto) Adão bem como todos os seus filhos pudesse relacionar-se com o Senhor em Adoração: “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta.” Gênesis 4:4.
Nas narrativas bíblicas varias personagens praticaram o holocausto, até que por meio de Moises, ao receber a lei de Deus (os dez mandamentos), e instruções a respeito do culto ao Senhor, o holocausto passou a ser um dos pontos se não o ponto mais importante do culto.
A semelhança do holocausto existiam outros tipos de sacrifícios, mas nenhum deles se igualava em importância com o holocausto; tanto é que o livro de Leviticos se inicia falando sobre o holocausto.
Todavia, esse ato lindo de adoração ao senhor não permaneceu como devia. O povo de Israel tinha uma inclinação muito grande à desobediência, tanto é que o próprio Deus fala a Moisés que, aquele povo era um povo duro e rebelde, assim o povo deixou que um ato de adoração tão lindo se tornasse apenas mais um ritual semelhante ao de povos pagãos que viviam a sua volta.
O paganismo foi entrando na realidade cultica de Israel, o altar de Adoração ao Senhor fora contaminado com fogo estranho. O altar que tinha sido construído exclusivamente para o Senhor agora era dividido com baal, moloque, astarote entre outros demônios, o povo havia se contaminado com a idolatria e com o paganismo, e agora o Altar Santo do Senhor estava prostituido, e Deus o Senhor entristecido com o povo a ponto de declarar ter se arrependido de te-lo feito.
A ordem acerca do holocausto já estava registrada, o povo a conhecia, mas a negligenciava, mas ela estava lá. Deus com seu infinito zelo declarou ao povo e revelou-lhes o segredo de uma adoração perfeita de aroma suave, o povo sabia, pois estava registrado, não tinham desculpas. Mas decidiram por desobedecer.
É nesses momentos que Deus, que é fielmente comprometido com sua palavra, que declarou: “E vós me sereis um reino sacerdotal e um povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.” Êxodo 19:6. É nesse quadro que o Senhor levanta profetas comprometidos com a verdade, fieis ao Senhor, fervorosos na oração, a fim de proclamar a verdade de Sua Palavra, para que o povo “Lembre-se, pois, de onde caiu, e arrependa-se, e pratique as primeiras obras...” Apocalipse 2:5 .
Holocausto é uma palavra que tem em sua essência o desejo de Deus para com seu povo: Adoração Intima. Adoração intima é o nível mais elevado de comunhão com o Senhor é devotar tudo o que se é e o que se tem diante do altar. Adoração intima é ter o prazer de dar nosso melhor; o melhor tempo, melhor canto, a melhor roupa, a melhor oferta, em fim o melhor culto ao Senhor.
Holocausto vem acompanhado da verdade de que Deus daria sempre novas experiências para seu povo, e não qualquer experiência, mas a melhor experiência. O povo do Senhor foi escolhido para ser um povo de visão, um povo que atrairia outros povos para ouvirem de sua sabedoria, para aprenderem da verdade do Senhor.
Um povo que deveria viver em adoração ao Senhor, e com essa adoração experimentar de uma intima comunhão com o Pai celestial. Um povo que não podia em hipótese alguma deveria permitir que o fogo no altar do senhor se apagasse, não podiam permitir que a religiosidade costumeira dos povos pagãos entrasse no coração deles. Um povo que devia zelar do altar para que a adoração deles sempre fosse aceita.
Em nossos dias não precisamos mais de sacrifícios de animais, não há mais necessidade de derramarmos o sangue de carneiros ou bois para que o senhor aceite nossa adoração. O cordeiro derradeiro já veio seu sangue já foi derramado, o preço pelos pecados já fora pago, e o altar da adoração já fora aberto e colocado em livre acesso para que possamos adorar a Deus em Espírito e em verdade. O sacrifício perfeito já foi feito por nosso Senhor Jesus Cristo, o unigênito do Pai, o verbo encarnado, o Cordeiro Santo já nos deu livra acesso a sala do trono e ao Santo dos Santos. Podemos adorar a Deus, não há mais impedimento podemos adorar a Deus.
Mas existem coisas que podem nos impedir de adorarmos ao Senhor e essas coisas devem ser combatidas e evitadas.
Portanto: “Como evitar que o Altar de nossa Adoração seja danificado ou até mesmo destruído?” duas maneiras:

1º - Precisamos fazer uma limpeza diária. V. 10.
“O sacerdote vestirá suas roupas de linho e os calções de linho por baixo, retirará as cinzas do holocausto que o fogo consumiu no altar e as colocará ao lado do altar. [...] e levará as cinzas para fora do acampamento”
A instrução que Moisés recebera do Senhor e passou para os Levitas e Sacerdotes responsáveis pelo holocausto (Adoração), foi que sempre no fim de um dia e inicio de outro, o altar tinha que ser limpo. As cinzas do holocausto passado se amontoavam em baixo do altar e se não fossem tiradas podiam atrapalhar nos próximos holocaustos, por esse motivo era ordem do Senhor que, todas as manhãs o altar fosse limpo.
Era a responsabilidade dos sacerdotes e levitas o cuidado com o altar da adoração, qualquer coisa que estivesse errada no altar, já era motivo para Deus não atender para adoração que estava sendo feita. Por vezes se os sacerdotes não vigiassem alguém poderia trazer fogo estranho no altar de Deus, ou talvez o sacerdote escalado para o dia da adoração fosse negligente e não limpava o altar, todos esses fatores e outros também poderiam impedir que a gloria de Deus se manifestasse e a adoração do povo fosse aceita.
É claro que em nossos dias esse altar é uma figura de linguagem para falar do nosso coração, para falar de nós mesmos, pois a Palavra nos diz que hoje em Cristo nós somos seu templo: “...não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo...?”1 Coríntios 6:19. E o altar da nossa adoração é o nosso coração: “Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração...” Lucas 10:27. É por esse motivo que por varias vezes a palavra de Deus nos dá instruções sobre como manter limpo o nosso coração. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Provérbios 4:23 .
O salmista Davi ao orar ao Senhor demonstra o desejo de seu coração, o na verdade é desejo do próprio Deus acerca de como deve se comportar aquele deseja agradá-lo e adorá-lo sempre. Note que a pergunta feita no salmo 24 vem de Deus: “Quem subirá ao monte do SENHOR, ou quem estará no seu lugar santo?” Salmos 24:3, a pergunta aqui feita faz alusão ao monte de adoração, onde estava o altar da adoração, onde Deus manifestava-se com sua infinita gloria. Portanto a pergunta é quem poderá adorar ao Senhor? Logo o salmista inspirado pelo Espírito santo responde: “Aquele que é limpo de mãos e pura de coração...”v4.
Precisamos manter o altar do nosso coração sempre limpos, para que o Senhor se agrade de nós. Porém a de se convir que existam coisas que sujam nosso altar que as vezes nos passam despercebido. Sabemos que as coisas do mundo sujam nosso altar, mas quando as coisas que consideramos de Deus sujam nosso altar?

2º - Precisamos cultivar aceso o Fogo no Altar. Vs.9, 12 e 13. “... O fogo terá que ser mantido aceso. [...] Mantenha-se aceso o fogo no altar; não deve ser apagado. [...] Mantenha-se o fogo continuamente aceso no altar; não deve ser apagado.”
A ordem é clara; “O fogo terá que ser mantido aceso.” Era de extrema importância que o sacerdote não deixasse o fogo do altar se apagar, pois o fogo era e ainda é um dos maiores símbolos da presença de Deus a Palavra diz: “Porque o nosso Deus é um fogo consumidor.” Hebreus 12:29.
Sem fogo não existiria a Adoração, pois ela era feita no fogo e aceita com resposta de fogo. Todos nós aqui certamente mesmo que um pouco, conhecemos a historia do confronto de Elias com os profetas de Baal. Elias disafia os profetas de baal para uma adoração no monte carmelo, e o desafio era fazer um holocausto e o deus que respondesse com fogo é que seria o verdadeiro Deus.
O desafio começa com os quatrocentos profetas de baal. O altar deles é montado o boi cortado e colocado sobre a lenha do altar, então as cantorias dos baalitas começa; clamam em alta voz por resposta do deus deles, mas nada de resposta. Chega meio dia e eles continuam clamando, seis horas da tarde e eles continuam clamando. Elias que não era nada bobo, que conhecia o Deus a quem servia, e certamente já havia presenciado vários milagres da parte do Senhor, começa a tirar um sarrinho deles: “Clamem mais alto talvez baal esteja dormindo, ou tenha ido ao banheiro”. Com isso os baalitas começaram a gritar e se ferirem, mas não obtiveram nenhuma resposta.
Chaga a manha seguinte, junto a vez de Elias. Começa a restauração; Elias primeiro arruma o altar, pois ele sabia que para Deus tinha que ser o melhor, que o altar tinha que estar em perfeita ordem. Depois de tudo arrumado, tendo sido posto a lenha o animal sobre ela, Elias manda abrir uma valeta ao redor do altar e tornar água sobre a oferta, e não pouca água, água até que a valeta estivesse cheia.
Ai vem à diferença da vida de Elias, ele não só sabia que Deus era quem respondia com fogo, mas também que Deus é quem batizava com fogo, ou seja, Elias tinha o fogo do Senhor em seu coração, e cultivava esse fogo sempre aceso, mas como isso?
Vida de comunhão com Deus. Elias era um homem que orava, tanto é que Tiago em sua carta faz questão de falar de Elias como homem: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.” Tiago 5:17.
Elias era um homem que tinha intimidade com a palavra de Deus, e intimidade com o Deus da Palavra, um homem que vivia na dependência do Espírito Santo.
Os homens de Deus foram conhecidos por suas experiências com o Espírito Santo, eram homens que cultivavam o fogo do Altar sempre aceso. Homens poderosos na oração, que sabiam que Deus sempre tinha uma experiência melhor a cada dia.
Precisamos cultivar o fogo do Senhor em nosso Coração, para que assim Deus sempre nos revele coisas grandes e firmes.
Soli Deo Gloria!!!

2 comentários:

Jean Carlos P. de Souza disse...

Parabéns pelo blog meu querido, continue abençoar aos internautas através dos textos...

Abraços
Pr. Jean Carlos
www.jeanyeshua.blogspot.com

Batista Independente disse...

Muito Bom! Realmente precisamos refletir sobre a adoração, e oque fizeram dela.